domingo, 17 de agosto de 2008

DESAFIO DE EDUCAR HOJE


A escola é sem dúvidas um espaço muito privilegiado para a elaboração de projetos para a aquisição do conhecimento, para o desenvolvimento de habilidades que bem desenvolvidas, permitirão ao educando a intervenção na sociedade e o equilíbrio para enfrentar os desafios da vida. É, portanto, um espaço privilegiado para se experimentar situações diversas, convivendo em situações variadas. É o espaço em que não só se aprende o que os livros trazem, mas também promove o aprendizado para a vida. Vivemos hoje em uma sociedade competitiva, que exige uma educação moderna com informações, visões e novidades compatíveis com a complexidade e pluralidade, exigindo por isso, educadores abertos, criativos, inovadores e confiáveis. Quanto mais acompanhamos as demandas dessa educação moderna, mais necessitamos de profissionais da educação que sejam pessoas humanas e éticas. Vivemos um momento muito especial de adequação às exigências. Os desafios de uma educação moderna nos levam a encontrar condições materiais e tecnologia que nos aparelhe para que façamos uma adequação ao novo mundo que se vislumbra. Caminhamos para termos aulas com acesso Wireless.
Educar é sem dúvidas um processo complexo que exige de nós mudanças significativas. A fabulosa tecnologia transforma a magia da aula, devido a varias possibilidades de intervenção em textos e imagens. A educação tem que surpreender, cativar e conquistar os alunos. Precisa entusiasmar, libertando a capacidade criativa e imaginativa do educando.
Sabemos que o processo de mudança na educação não é nada fácil. Iremos mudando aos poucos e em todos os segmentos de atuação. Vamos na caminhada da modernização certos de que como educadores devemos respeitar as pluralidades culturais, religiosas, étnicas e sociais. Temos consciência do tamanho de nossos desafios, das dificuldades em alterarmos padrões adquiridos, mas sabemos também que como educadores a nossa maior vocação é estimular mudanças. A educação não é inércia, é sim, sinergia pura. Temos certeza que o objetivo fim de todo o nosso esforço de mudança é o ser humano, nossos alunos e colaboradores que tem que estar prontos para a vida nesse mundo de desafios. Por isso, sabemos que quanto mais tecnologia avançada desenvolvermos, mais necessitamos de pessoas humanas e felizes. Para tanto, em nosso moderno projeto pedagógico há um grande espaço para as ciências humanas, arte, filosofia, ciências sociais, civismo consciente, cidadania e responsabilidade ambiental. Valorizamos as atividades esportivas como essencial para sociabilização e o convívio com as diferenças. Ensinamos aos nossos alunos, através do esporte, a superação de limites e da timidez, mas também a lidar com as situações que exigem controle, respeito ao espírito de equipe e as regras. Vamos mais longe. Nós educamos para vida.

Prof. José Romero Nobre de Carvalho
Diretor Geral do INEI COC Maceió

GERAÇÃO "C"

Temos hoje, "a formação da primeira geração 100% on line. São jovens adultos entre 18 e 25 anos que nunca conheceram o mundo sem a internet, pois nasceram e se desenvolveram com a tecnologia como sendo algo comum e natural em suas vidas. Eles utilizam a rede para as principais atividades diárias: informação, compras, diversão, relacionamento, educação e trabalho.
A geração on line não lê jornal ou revistas e assiste raramente à TV, mas está sempre atualizada com as notícias do momento. Utiliza a internet não só para obter informações, mas também para produzir, através de blogs, vídeos (Youtube), artigos em enciclopédias digitais (Wikipedia) e home pages.
Essa geração prefere baixar músicas na internet a adquirir cd’s em lojas de shoppings. Quando não compra produtos de consumo e serviços através do comércio eletrônico, utiliza esse meio para tomar a melhor decisão, consultando sites de comparação de preços (Buscapé) e blogs especializados no assunto.
O novo consumidor deseja ter um computador de alta perfomance com acesso wireless. Quer ir a todo lugar com um tocador de músicas (Ipod), uma câmera digital de alta resolução, um celular de última geração e um assistente pessoal com grande capacidade de armazenamento de dados (Palm). De preferência, tudo isso reunido em só aparelho (Iphone).
Para eles, diversão e relacionamento podem acontecer em qualquer lugar, inclusive no trabalho. Não há uma separação clara de horários e locais para isso. O usuário “banda larga” faz uso intenso de programas de bate-papo (Messenger), de jogos interativos virtuais, de sites de comunidades virtuais (Orkut) e de albúns digitais de fotos (Fotolog).
No campo profissional, o internauta 24 horas sabe muito sobre pouco. Com foco bem definido, quer ser o melhor em sua área. Para isso, utiliza a internet para fazer cursos de graduação à distância e, principalmente, de pós-graduação. Busca oportunidades de trabalho na internet, quando não utiliza a rede como o próprio trabalho.
Apesar de parecerem “nerds”, os membros da Geração “C” (conectada e colaborativa) não devem ser considerados dessa maneira, pois já são maioria em sua faixa etária e podem ser encontrados em todas as cidades brasileiras de médio e grande porte. O que fazer, então, para lidar com essa geração?
O primeiro passo é admitir que a Geração “C” existe na atualidade e não é algo que vai acontecer daqui a cinco ou dez anos. Para lidar com o internauta 24 horas, não basta ter apenas um bom site na internet.
O consumidor da Geração “C” é seletivo. Ele dá atenção apenas às coisas com as quais se identifica. Estão ligados entre si através dos seus hábitos e preferências por meio de comunidades temáticas na internet.
Um principio básico não pode ser desconsiderado no relacionamento com a Geração “C”: a transparência. Devido à quantidade de informações disponíveis e à capacidade dos seus membros de produzirem rapidamente novas informações, através de blogs e vídeos, a imagem de uma marca pode se desenvolver rapidamente, mas também pode ser levada ao descrédito em poucos dias. Portanto, precisamos saber lidar com uma ampla liberdade de expressão nunca vista antes, até mesmo em países já desenvolvidos.
Bruno Queiroz é diretor executivo da Cartello.
http://commento.cartello.com.br/geracao-c-o-consumidor-100-on-line/

sexta-feira, 20 de junho de 2008


Ostras felizes não fazem pérolas. Pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída. Por vezes a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade. Com estas palavras, o próprio autor define o seu livro. Rubem Alves, um dos intelectuais mais respeitados do Brasil revela muito de suas próprias experiências de vida em Ostra feliz não faz pérola. Um prato cheio para quem busca conhecer novos pontos de vista sobre a vida.

Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que são as delícias dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas – são animais mansos – seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, conchas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostra felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...” Não era depressão. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas asperezas, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o seu trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras de repente seus dentes bateram numa objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz... Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma.
[Ostra feliz não faz pérola - Rubem Alves]

A PIPA E A FLOR



Poucas pessoas conseguiram definir tão bem os caminhosdo amor como Rubem Alves, numa fábula surpreendente,cujos personagens são: uma pipa e uma flor.A história começa com algumas considerações de um personagem que deduzimos ser um velho sábio. Ele observa algumas pipas presas aos fios elétricos e aos galhos das árvores e afirma que é triste vê-las assim, porque as pipas foram feitas para voar. Acrescenta que as pessoas também precisam teruma pipa solta dentro delas para serem boas.Mas aponta um fator contraditório: para voar, a pipa tem que estar presa numa linha e a outra ponta da linha precisa estar segura na mão de alguém.Poder-se-ia pensar que, cortando a linha, a pipa pudessevoar mais alto, mas não é assim que acontece. Se a linha for cortada, a pipa começa a cair.Em seguida, ele narra a história de um menino que confeccionou uma pipa. Ele estava tão feliz, que desenhou nela um sorriso.Todos os dias, ele empinava a pipa alegremente.A pipa também se sentia feliz e, lá do alto, observava a paisagem e se divertia com as outras pipas que também voavam.Um dia, durante o seu vôo, a pipa viu lá embaixo uma flor e ficou encantada, não com a beleza da flor, porque ela já havia visto outras mais belas, mas alguma coisa nos olhos da flor a havia enfeitiçado. Resolveu, então, romper a linha que a prendia à mão do menino e dá-la para a flor segurar. Quanta felicidade ocorreu depois! A flor segurava a linha, a pipa voava; na volta, contava para flor tudo o que vira. Acontece que a flor começou aficar com inveja e ciúme da pipa. Invejar é ficar infeliz com as coisas que os outros têm e nós não temos; ter ciúme é sofrer por perceber a felicidade do outro quando a gente não está perto. A flor, por causa dessesdois sentimentos, começou a pensar: se a pipa me amassemesmo, não ficaria tão feliz longe de mim... Quando a pipa voltava de seu vôo, a flor não mais se mostrava feliz, estava sempre amargurada, querendo saber com quem a pipa estivera se divertindo. A partir daí, a flor começou a encurtar a linha, não permitindo à pipa voar alto. Foi encurtando a linha, até que a pipa sópodia mesmo sobrevoar a flor. Esta história, segundo conta o autor, ainda não terminou e está acontecendo em algum lugar neste exato momento.

Há três finais possíveis para ela:

1 - A pipa, cansada pela atitude da flor, resolveu romper a linha e procurar uma mão menos egoísta.

2 - A pipa, mesmo triste com a atitude da flor, decidiu ficar, mas nunca mais sorriu.

3 - A flor, na verdade, era um ser encantado.O encantamento quebraria no dia em que ela visse a felicidade da pipa e não sentisse inveja nem ciúme.Isso aconteceu num belo dia de sol e a flor se transformou numa linda borboleta e as duas voaram juntas.

domingo, 15 de junho de 2008

LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO


"O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo".Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Segundo Luckesi são aquelas atividades que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis.

Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida.

A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes. Uma fundamentação teórica consistente dá o suporte necessário ao professor para o entendimento dos porquês de seu trabalho. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um pouco mais fundo. Trata-se de formar novas atitudes, daí a necessidade de que os professores estejam envolvidos com o processo de formação de seus educandos. Isso não é tão fácil, pois, implica romper com um modelo, com um padrão já instituído, já internalizado.

São lúdicas as atividades que propiciem a vivência plena do aqui-agora, integrando a ação, o pensamento e o sentimento.

O jogo e a brincadeira estão presentes em todos as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance deste profissional trabalhar com a criança de forma prazerosa, enquanto atitude de abertura às práticas inovadoras. Tal formação permite ao educador saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança.

Sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo. Credita ao aluno, isto é, 'a sua ação, à parte de responsabilidade no desenvolvimento. Mesmo procurando fazer sua parte, o professor e a escola dão/respeitam a possibilidade de que outra coisa aconteça."

Profª. Esp. Anne Almeida

domingo, 1 de junho de 2008

AS TECNOLOGIAS IRÃO SUBSTITUIR O PROFESSOR?

Imagem: Lauren:http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=13893249062019184491

As tecnologias ( o computador) não substitui o professor.
Mas , o professor que não saiba usá-lo será substituído por outro que saiba.
O homem é um ser diopsicossocial que, aliado a dimensão espiritual, torna-se integral; ele é um ser no mundo, que só se realiza na coexistência, no encontro com o outro. Ele é a única criatura que sabe, além de criar, apreciar a beleza da criação. O homem professor o " facilitador" do conhecimento deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa- espírito e corpo, inteligência, todo ser humano deve ser formado, especialmente, pela educação ao longo da vida.
Com relação as tecnologias, o professor nunca será substituído pela maquina, e sim por outro que saiba utilizar-se dos benefícios que elas exercem sobre a educação. Para que isso não ocorra o professor precisa estar se atualizando. A educação continuada se faz necessária pela própria natureza do saber humano, como práticas que se transformam constantemente. A realidade muda, e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre. Dessa forma a educação continuada se faz necessária para atualizarmos nossos conhecimentos.
Enfim todo professor deve usar as tecnologias para permanecer no mercado de trabalho sendo um profissional atualizado e assim garantir um bom emprego.

USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO

BENEFÍCOS EDUCACIONAIS DA INTERNET

PARA O ESTUDANTE:
  • capacidade de desenvolver raciocínios mais complexos: os alunos encontram problemas reais, muitas vezes através de suas fontes originais, sem simplificações, e se envolvem contribuindo para sua resolução. Existem recursos multimídia para visualizações e simulações.
  • maior senso crítico: os alunos percebem que existem diferentes pontos de vista para os mesmos assuntos, que nem tudo o que se publica é correto. Estabelecem critérios para aceitação de fatos divulgados. Comparam suas produções com as de outros antes de as publicarem.
  • capacidade de comunicação: os alunos participam ativamente de projetos em que têm de se expressar, defender suas idéias, consultar especialistas, entender outras culturas e se fazer entender.
  • visão menos compartimentada do conhecimento: os alunos navegam pelo hiperespaço, onde o conhecimento não é separado por disciplinas. Os vários projetos publicados na rede oferecem um incentivo à interdisciplinaridade.
  • formação facilmente integrada ao mercado de trabalho: jovens que aprenderam a utilizar a Internet poderão utilizar melhor os recursos dessa ferramenta cada vez mais indispensável para a realização de tarefas profissionais.
PARA O PROFESSOR:
  • atualizar professores: na Internet é possível achar informações já sintetizadas que informam e ao mesmo tempo economizam tempo dos professores. Por exemplo, através da compilação diária de notícias educacionais de jornais do país. Existem sites que trabalham notícias científicas, apresentando-as de maneira a serem utilizadas em sala de aula.
  • consultar especialistas: quando se flexibiliza o currículo e o aluno tem mais liberdade de expressão, invariavelmente surgem dúvidas fora do conhecimento do professor. Existem entidades que mantêm um serviço para resolver essas questões através de consulta a especialistas. O ideal é que a própria escola crie sua comunidade de colaboradores.
  • saber propor temas, aulas, que aproveitem situações de momento: professores podem usar recursos de jornais on-line para trabalhar tópicos dos cursos de maneira mais relevante para os alunos, mais conectada a situações da vida real. Vários sites oferecem sugestões de aulas e temas.
  • saber consultar bases de dados com material original: alguns sites disponibilizam informações úteis para o desenvolvimento de temas de maneira mais rica que a convencional. Alunos capazes de trabalhar esse tipo de informação estarão mais bem-preparados para o futuro mercado de trabalho.
  • contribuir para a mudança e melhoria do sistema. Os professores podem expor suas experiências e dificuldades e colaborar com os colegas através de grupos de discussão
Gilberto TEIXEIRA ,Prof.Doutor,(FEA/USP)

Desafios da Televisão e do Vídeo à Escola

"Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação. A televisão, o cinema e o vídeo - os meios de comunicação audiovisuais desempenham, indiretamente
um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.
A eficácia de comunicação dos meios eletrônicos, em particular da televisão, se deve também à capacidade de articulação, de superposição e de combinação de linguagens diferentes - imagens, falas, música, escrita - com uma narrativa fluida, uma lógica pouco delimitada, gêneros, conteúdos e limites éticos pouco precisos, o que lhe permite alto grau de entropia, de flexibilidade, de adaptação à concorrência, a novas situações.
Num olhar distante tudo parece igual, tudo se repete, tudo se copia; ao olhar mais de perto, por trás da fórmula conhecida, há mil nuances, detalhes que introduzem variantes adaptadoras e diferenciadoras. A força da linguagem audiovisual está em que consegue dizer muito mais do que captamos, chegar simultaneamente por muitos mais caminhos do que conscientemente percebemos e encontra dentro de nós uma repercussão em imagens básicas, centrais, simbólicas, arquetípicas, com as quais nos identificamos ou que se relacionam conosco de alguma forma.
A televisão e a Internet não são somente tecnologias de apoio às aulas, são mídias, meios de comunicação. Podemos analisá-las, dominar suas linguagens e produzir, divulgar o que fazemos. Podemos incentivar que os alunos filmem, apresentem suas pesquisas em vídeo, em CD ou em páginas WEB - páginas na Internet. E depois analisar as produções dos alunos e a partir delas ampliar a reflexão teórica.
A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrá-lo na sala de aula, discutindo-o com os alunos, ajudando-os a que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto. Fazer re-leituras de alguns programas em cada área do conhecimento, partindo da visão que os alunos têm, e ajudá-los a avançar de forma suave, sem imposições nem maniqueísmos (bem x mal)."

segunda-feira, 26 de maio de 2008



A Filologia Da Palavra Cuidado


"A palavra cuidado apresenta várias derivações, contudo sempre terá a idéia de preocupação e inquietação por alguém. A pessoa que tem cuidado, tem amor e preocupação por algo ou por alguém. Do contrário, não há cuidado, há des-cuido.É certo que cuidado possui duas significações básicas. A primeira, entendida como desvelo, ou seja, atenção para com o outro. A segunda, entendida como preocupação, pois a pessoa que cuida, preocupa-se e sente-se responsável pelo outro.Assim como Leonardo Boff, em Saber Cuidar, também Antoine de Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe, lembra-nos da importância do cuidado a partir do ato de cativar. Ao se cativar alguém, ganha-se sua simpatia, sua estima, seu querer bem. Em contrapartida, essa palavra dá origem a outra, nada simpática: cativeiro, que significa prisão, escravidão, sofrimento. Dessa forma, faz-se mister re-ver e re-ler Saint-Exupéry:
"E foi então que apareceu a raposa:- Bom dia - disse a raposa.- Bom dia - respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.- Eu estou aqui - disse a voz -, debaixo da macieira...- Quem és tu? - perguntou o principezinho.- Tu és bonita...- Sou uma raposa - disse a raposa.- Vem brincar comigo - propôs o principezinho. - Estou tão triste...- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.- Ah! Desculpa - disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:- Que quer dizer "cativar"?(...)- Eu procuro amigos. Que quer dizer cativar?- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa. - Significa "criar laços"...- Criar laços?- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil garotos. Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo...(...)- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!(...)- Os homens esqueceram essa verdade - disse a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, a fim de se lembrar." É importante ressaltar que o cuidado, como disse Boff, faz parte da vida do homem, uma vez que ele nunca deixará de amar e de se preocupar com alguém. Será isso verdade hoje? Os homens amam e preocupam-se com o mundo e com eles mesmos? Para respondermos esses questionamentos, é preciso lançar um olhar crítico às relações interpessoais no mundo.Não podemos deixar de lembrar, antes de tudo, que alguns estudiosos derivam cuidado do latim coera, isto é, cura, sendo usado para traduzir relações de amor e de amizade que inspiram desvelo e preocupação com o objeto de carinho. Então, para analisarmos se há cuidado-cura, atualmente, é preciso entender todas as significações desse vocábulo: CUIDADO." (Cintia Barreto)

sábado, 10 de maio de 2008

Trabalhar para o outro: uma saída para a emancipação humana


Vivemos na sociedade do trabalho. Todas as formas de vivência social humana incluem-no e, da infância à velhice, vivemos de operar tudo o que pensamos pela atividade criativa das nossas mãos. Sendo assim, não conseguimos imaginar o viver sem algum tipo de atividade. Tipicamente moderna, a separação conceitual entre trabalho e lazer é fruto da perda do sentido profundo do seu significado para o desenvolvimento da mente e do espírito humano.
Hoje, somos obrigados a trabalhar apenas para sobreviver, vinculamo-nos com os nossos empregos na luta pela garantia da subsistência imediata e poucos de nós sentem, no cotidiano, a realização plena de suas potencialidades por meio do trabalho. Na medida em que o trabalho transformou-se em mero emprego e, portanto, em uma mercadoria como outra qualquer, distanciamo-nos da possibilidade de tê-lo profundamente vinculado ao nosso ser interno.
A nossa relação com ele passou a ser medida apenas pela quantidade de dinheiro obtida ao início de cada mês, o salário. Daí, a dificuldade vivida por muitos de nós às segundas-feiras e a ansiedade brutal pelo descanso dos fins de semana. Trabalhar passou a significar, para boa parte das pessoas, cansaço, aborrecimento e pressão. Não é demais lembrar a já velha exploração comercial feita pela propaganda da cerveja, com os “amigos sertanejos” cantando a plenos pulmões: “Hoje é sexta-feira...”
A modernidade conquistou e legou muitos benefícios materiais com a massificação da atividade produtiva humana, mas a distribuição de tanta riqueza acumulada continua extremamente injusta em todo o mundo. Por outro lado, a revolução tecnológica prometeu o paraíso: a diminuição do tempo de trabalho e o aumento correspondente do tempo livre para que pudéssemos dedicá-lo à arte, ao lazer, à cultura e a nós mesmos. Nada disso aconteceu e, nos dias de hoje, além de trabalhar como nunca em sua história, a humanidade vive perplexa diante do que os economistas chamam, com certa naturalidade conceitual, de desemprego estrutural. Um erro humano essencial continua pairando no ar, ou, como diz o poeta, “...alguma coisa está fora da nova ordem mundial”. Poucos se realizam pelo trabalho e muitos se perdem na labuta diária de seus empregos e subempregos.
Precisamos retomar o sentido profundo do trabalho humano, de modo a emancipá-lo da sua função meramente econômica, resgatando, assim, o seu sentido de realização para o nosso espírito. Talvez seja esta a grande questão humana deste início de século: trabalhar com o outro, pelo outro e, ao mesmo tempo, manter com dignidade a vida material.
Nesse sentido, alguns sinais começam a aparecer no horizonte humano, à medida que parece crescer o número de pessoas que buscam soluções para humanizar novamente a atividade do trabalho. Saber que se pode contar com o outro para transformar a natureza em utilidade social e, simultaneamente, não ter a coragem de explorá-lo, parece utopia, mas, ou a realizamos, ou estaremos fadados todos – patrões, empregados, parceiros e companheiros – ao eterno sono enfastiado que sentimos nas segundas-feiras urbanas do mundo pós-moderno.
Por isso, não basta percebermos que precisamos gostar apenas do “nosso” trabalho individual, é necessário que criemos condições sociais para que todos possam trabalhar pelo prazer de realizar para si e para os outros. Descobrimos a sociedade do “ter” e nela nos sentimos muito sós, a partir disso precisamos redescobrir a sociedade do “ser”. E ser só é possível se for para o outro, com o outro!
O filósofo Hegel considerou que há uma relação de troca mútua entre o homem e a natureza. Marx avançou em relação a essa idéia: para ele, quando o homem altera a natureza, ele mesmo também se altera. Ou seja, quando o homem trabalha, ele interfere na natureza e deixa nela suas marcas, mas, no processo de trabalho, também a natureza interfere no homem e deixa marcas em sua consciência. Ambos perceberam que não temos saída: é necessário resgatar o prazer diário no trabalho emancipado, que não pode ser mais deleite de alguns – os chamados descolados –, devendo estar disponível a todos. Neste aspecto, Steiner demonstra razão quando fala sobre o trabalho comunitário. A seu ver, “...para que alguém trabalhe para outro, é necessário que encontre nesse outro o motivo para o seu trabalho; e, da mesma forma, é necessário que aquele que deve trabalhar para um grupo de pessoas também reconheça o valor, o ser e o significado desse grupo”.
Talvez aí esteja uma das saídas para a emancipação humana: trabalhar não apenas para si ou para alguém que o explora, mas para todos. Descobrir no outro a razão do seu e do crescimento coletivo humano. Perceber com clareza que a liberdade tem duas dimensões, a individual e a social, e que, uma sem a outra significa a continuidade, como pensou Michel Foucault, da imensa prisão que criamos para nós mesmos.
In: FERREIRA, Delson. Manual de Sociologia: dos clássicos à sociedade da informação. São Paulo: Atlas, 2001, p. 144-145.
Delson Ferreira
Professor de Antropologia das Faculdades COC

sábado, 29 de março de 2008


"Mas na profissão, além de amar tem de saber.

E o saber leva tempo pra crescer."

"Ler é fazer amor com as palavras."

"Toda alma é uma música que se toca."


"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas.

Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.

Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediriaque lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical.

A experiência da beleza tem de vir antes".


"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo.
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.
Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.
Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."


" nÃo haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

COMO TER SEMPRE??


"Amar é ter um pássaro pousado no dedo.

Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,

a qualquer momento, ele pode voar”

SÓ AMANDO!